Se você é surfista ou apenas curte e acompanha o mundo do surf, provavelmente já viu algum vídeo dessa linda bailarina dançando nas ondas de Waikiki, em Oahu, Havaí. Eu já seguia e admirava a Nique Miller há um tempo no Instagram. Eu a conheci pelo Surfistas Negras e quando o Mídia Ninja postou um reels dela, ela ficou ainda mais famosa aqui no Brasil. Tanto é que uma amiga de infância, que não surfa, me mandou aquele mesmo reels e disse que eu tinha que entrevistá-la.
Para quem não conhece, a Dominique Miller, mais conhecida como Nique Miller, mora no Havaí e é uma longboarder profissional, “metade preta, metade mexicana”, nas palavras dela. Ela compete no Tour Mundial e seu maior sonho é ser campeã mundial de surf. Se eu parasse por aqui, você já teria elementos suficientes para saber quão maravilhosa ela é. Mas a Nique é muito mais. Ela é um exemplo de força, resistência e superação. Olha só um spoiler do que ela disse na nossa conversa:
“Eu quero ajudar outras pessoas que se parecem comigo a se sentirem mais empoderadas e confiantes ao surfar, porque no surf não tem muita representatividade de pessoas pretas. Então eu quero tentar inspirar mais pessoas e mostrar que você pode não apenas surfar, como também competir no Tour Mundial”.
Antes mesmo de entrevistá-la, eu já sabia disso. A minha vontade era fazer as malas e realizar esse encontro pessoalmente. Isso, é claro, num cenário sem pandemia e com uma conta bancária com alguns zerinhos a mais. rs Aí eu me lembrei que poderia entrevista-la via Zoom. Fiquei um pouco insegura, pois apesar de ter um inglês fluente, tenho ainda algumas dificuldades com vocabulário. Mesmo assim, achei que valia a pena tentar. O não eu já tinha.
Para a minha surpresa, Nique foi super solícita, me respondeu rapidamente e agendamos nosso bate-papo. E foi assim que eu fiz a minha primeira entrevista exclusiva com uma surfista profissional do Havaí.
Se eu já era fã dela, fiquei ainda mais. Durante a nossa conversa, a Nique me contou sobre a rotina dela, falou sobre como foi driblar a discriminação, disse que tem muita vontade de vir ao Brasil e conhecer a Bahia (ela tem até uma fitinha do Senhor do Bonfim!) e as praias de Ubatuba em São Paulo.
No final da entrevista eu fiz uma brincadeira com ela para apresentar algumas expressões tipicamente brasileiras. O que eu fiz foi algo tipo o que o Greengo Dictionary faz. Peguei expressões brasileiras e fiz uma tradução livre para o inglês. Obviamente elas não fizeram sentido algum para a Nique, mas foi divertido! Além disso, ela aproveitou para aprender algumas palavras em português. Foi muito fofo vê-la tentando falar.
Eu dividi a entrevista em três partes e você pode assisti-las no meu canal no Youtube. Apertem o play e se encantem com essa linda e empoderada bailarina de Waikiki.